Turismo na Nova Era
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A viagem como uma ferramenta de transformação de si mesmo e do mundo
A Nova Era chegou em indústrias gigantescas e até pouco tempo impensáveis, como é o caso indústria da moda e de cosméticos. Grandes marcas aderiram estratégias para repensar o consumo excessivo de recursos naturais e da exploração de animais em sua cadeia produtiva.
Isso só é possível devido à mudança, gradativa, porém, contínua da sociedade.
À medida que as pessoas mudam, as empresas mudam.
A Nova Era se torna, portanto, o próximo passo da mudança para melhor do indivíduo, das comunidades, empresas.
O Turismo da Nova se apresenta com a perspectiva da integração do turista com o todo. Existe uma mudança no estilo de vida das pessoas, principalmente das novas gerações, a geração Y e Z chegaram para mudar os processos e as relações que há muito tempo não eram questionadas. A ideia dos nossos avós de estudar, trabalhar e, então descansar, está sendo substituída por estudar/trabalhar/descansar, alternando uma atividade pela outra e muitas vezes são concomitantes.
Percebemos a mudança no estilo de vida como meta de muitas pessoas, muitas delas buscam conciliar o tempo para aprender, para se movimentar, trabalhar e viajar. E nessa última etapa, percebemos a mudança de enxergar a viagem como processo de bem-estar. O Global Wellness Institute define bem-estar como a busca ativa de atividades, escolhas e estilos de vida que levam a um estado de saúde holística, além da integração do bem-estar multidimensional, que integra as seguintes áreas: física, mental, emocional, espiritual, social e ambiental.
De acordo com o GWI, esse mercado representa aproximadamente US$ 3.7 trilhões no mundo, e, em 2017, as viagens com propósito de bem-estar movimentaram mais de US$ 34.8 bilhões apenas na América Latina.
O turismo reflete a sociedade, a mudança no comportamento e no estilo de vida das pessoas, reforça a tendência de que essa indústria vai passar por uma transformação nos próximos anos.
As mudanças climáticas, redução de consumo de plásticos, foco no consumo consciente, de alimentos mais saudáveis com redução de consumo de carnes, aumento no consumo de orgânicos, ativismo na luta contra agrotóxicos, revolução da moda e no papel que ela desempenha sociedade. Essas mudanças já ocorrem em áreas improváveis e, certamente vai chegar no Turismo.
A proposta de revolução no turismo é integrar o indivíduo que agora busca por um estilo de vida saudável, ao meio onde ele vive, e estender a própria rotina ao destino, estamos falando aqui de uma mudança radical onde a viagem não se torna fuga da rotina, viajar se torna o processo de bem-estar.
A solução para as viagens pode estar na própria viagem, como agente transformador, disseminador e colaborador de um novo mundo, uma nova era. As pessoas interagem entre si no dia a dia e a viagem traz a oportunidade da interação entre o desconhecido e o inesperado e o que há de melhor na cultura do outro.
Viajar se torna, portanto, uma ferramenta de transformação, pois convida o viajante a pensar seu impacto, seu meio e fim, antes da viagem acontecer.
Essa nova consciência se apresenta como um mercado que vai necessariamente precisar olhar por todas as cadeias da elaboração da viagem.
Minha proposta é que as empresas de turismo se antecipem às mudanças e se preparem para o perfil da nova era.
Não há mais espaço para distrações. O papel do profissional do turismo nesse fase, fará total diferença na construção do novo perfil do viajante.
As empresas de turismo da Nova Era:
- Buscam fornecedores ecologicamente corretos e socialmente responsáveis.
- Substituem o plástico e couro dos materiais de viagem (vouchers, cartões, sacolas, tags de mala, copos, etc)
- Favorecem a contratação de pequenos produtores e fornecedores locais.
- Não compactuam com discriminação de nenhum tipo dentro e fora de suas empresas.
- Não oferecem serviços turísticos que explore animais, o meio ambiente e a comunidade local.
- Entendem que viajar é uma poderosa ferramenta da transformação e pode mudar o mundo.
O Viajante da Nova Era:
- Busca viagens alinhadas com sua própria essência, com propósito e consciência.
- Dá preferência para artesãos, gastronomia e pequenos produtores locais para fortalecer as comunidades.
- Não impacta e não agride o meio ambiente, diminuindo drasticamente o consumo de plásticos.
- Não incentiva a exploração de animais como atrações turísticas.
- Se hospeda em hotéis/pousadas e locais que preservam a essência da viagem e se conectam com a cultura.
- Utiliza a viagem como ferramenta transformadora de si mesmo e do entorno.
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